30/01/2015 às 23h44min - Atualizada em 30/01/2015 às 23h44min

População de Gilbués interdita BR 135 e denuncia descaso com a segurança do município

Apenas dois PMs fazem o policiamento da cidade. Com medo, bares e restaurantes fecham as portas no início da noite.

Portal Corrente. Colaboração: Vanessa Lobo e Nathany Barreira. Foto: Nathany Barreira

A população do município de Gilbués interditou durante todo o dia a BR 135, em protesto à falta de segurança na cidade. A comunidade alega que o número de homicídios, furtos e assaltos a mão armada tem aumentado consideravelmente, sem uma resposta da polícia. "Quase não tem policiamento na cidade e uma única viatura é usada para atender as ocorrências. Quando acontece algum crime a gente tem que esperar às vezes horas para a chegada da polícia", alega uma das manifestantes.

O último homicídio ocorreu no domingo passado, 26 de janeiro, onde um homem encapuzado invadiu uma residência e executou com três tiros o senhor Manoel Vilarino, que sentado em sua poltrona assistia televisão.

Moradores denunciam que apenas dois Policiais Militares fazem ronda durante o dia, mas à noite a cidade fica desprotegida. Os comércios da cidade estão cada vez mais enclausurados em grades de ferro e bares e restaurantes fecham suas portas muito cedo.

A delegacia do município foi derrubada há 6 anos, pois se encontrava em péssimo estado de conservação, mas até agora foram apenas promessas de construção de uma nova unidade.

Durante a tarde o comércio permaneceu fechado e os manifestantes dirigiram-se à sede da prefeitura municipal, onde aguardavam ser recebidos pelo prefeito. Os caminhoneiros que permaneceram até às 17h30 parados reagiram de forma muito negativa, já que apenas ambulâncias com sirenes ligadas tinham autorização para passar no bloqueio. O congestionamento chegou até o município de São Gonçalo do Gurgueia.

Durante todo o dia, o Portal Corrente tentou entrar em contato com o prefeito Francisco Pereira de Sousa, mas o seu telefone encontrava-se desligado ou fora da área de serviço.

Segundo os manifestantes, novos protestos serão realizados.

 


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