27/08/2014 às 11h24min - Atualizada em 27/08/2014 às 11h24min

Suspensão da oferta do curso de Direito no Sisu 2015 no Campus de Corrente gera revolta na comunidade

Câmara aprova por unanimidade requerimento ao Reitor, de iniciativa do vereador Edilson, para retorno da oferta do curso no município

Portal Corrente

A Câmara de Vereadores do município de Corrente aprovou por unanimidade, na Sessão Ordinária desta segunda-feira (25), um requerimento do vereador Edilson de Araújo Nogueira, para que seja enviado ao Reitor da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), Nouga Cardoso Batista, a solicitação de oferta do Curso de Bacharelado em Direito, nas vagas do ENEM/SISU 2015, para o Campus de Corrente.

O vereador Edilson, líder do governo na Câmara, afirma que solicitou o requerimento pois considera um absurdo a suspensão da oferta do curso no Campus. “A comunidade de Corrente foi pega de surpresa com a suspensão da oferta do curso de Direito no ano de 2015. Isto nos traz decepção, pois o Nouga sempre foi um Reitor voltado para as questões sociais e neste momento ele fere a cidade de Corrente. Os pais que não possuem condições sociais e que têm a expectativa e o sonho de ver o seu filho cursando Direito, à eles, neste momento, é cerceado o direito à educação”.

O vereador coloca ainda que os vereadores, em unanimidade, esperam que a decisão seja repensada. “Nós lamentamos essa decisão e, como representantes do povo, lutaremos para que Corrente não seja desmoralizada no ensino gratuito”.

A notícia da suspensão da oferta do curso no ano de 2015 gerou revolta e indignação de alunos de todos os cursos do campus, pois há o consenso da importância da graduação para o município, e já se fala inclusive em protestos e manifestações.

A coordenadora do curso de Direito da UESPI, Nehandeara Nazira Guerra, declarou que a decisão vai contra o entendimento da maioria dos professores e acadêmicos do Campus. “Houve uma reunião do Conselho do Campus, que contou com a presença de um grande número de professores e acadêmicos do curso de Direito, onde o assunto foi amplamente debatido e o consenso da maioria foi de que a oferta do curso não deveria ser suspensa. Posteriormente apenas fomos informados de que não haveria oferta no ano de 2015”.

A professora afirma ainda que os professores têm trabalhado com dedicação e comprometimento, apesar do déficit. “É raro o semestre em que não temos problemas com relação às disciplinas a serem ministradas e o número insuficiente de professores, mas sempre encontramos uma solução. De forma alguma seria esta a justificativa para a suspensão da oferta do curso. Ainda mais agora, que conseguimos trazer a 1ª fase do Exame de Ordem dos Advogados para o município, dada a grande quantidade de bacharelados na região. Temos quatro turmas cheias, com muito poucas vagas sobrando, é o curso com a maior quantidade de acadêmicos do Campus”, destacou.

É de conhecimento geral a grande quantidade de acadêmicos formados, ou cursando os últimos blocos, que têm obtido sucesso em concursos públicos, vagas para estágio nas mais diversas repartições e no próprio Exame de Ordem dos Advogados. “Hoje, temos dois estagiários remunerados na Defensoria Pública, dois no Tribunal Regional do Trabalho, dois no Ministério Público e logo teremos estagiários na Justiça Federal, que acaba de abrir o edital de oferta de vagas. Eu não consigo encontrar nenhuma lógica para esta atitude do Reitor!”, enfatiza Nehandeara.

Por fim, a professora agradece a iniciativa do vereador Edilson de Araújo. “Sempre obtivemos apoio da Câmara em todos os nossos pleitos, a exemplo do Exame de Ordem dos Advogados, na qual a casa também abraçou a causa. Esperamos que esta situação não seja definitiva e que o reitor reveja a sua decisão”, colocou.


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